domingo, 21 de dezembro de 2008

A menina que roubava livros - Markus Zusak

A alternativa encontrada pela mãe de Liesel para livrá-la da morte em campo de concentração, foi entregá-la a um casal de alemães na cidade de Molching. A personagem principal da história sofre nas mãos da alemã rabugenta e infeliz Rosa Hubermann casada com Hans, pintor de paredes e tocador de acordeom.
Ao contrário de Rosa, Hans fazia de tudo para deixar Liesel feliz.

Depois de roubar o primeiro livro de um empregado do cemitério onde seu irmão foi enterrado, Liesel seguiu desenvolvendo a habilidade e se divertindo com a criação de uma atmosfera própria na arte de ludibriar pessoas e sobreviver nas maleficências da segunda guerra mundial.

Segura e habilidosa na arte de roubar livros, Liesel viu-se frustrada por imaginar ter enganado quem conhecia as suas aventuras, e as reconhecia por direito.
Enquanto pensava que Ilsa Hermann, a esposa do prefeito, dona de uma rica biblioteca residencial onde os livros eram roubados, a depressiva senhora a acolhia com nebulosidade consciente, para compensá-la pelo que não pode oferecer.
Certo dia Ilsa resolve escrever a Liesel relatando conhecer a sua conduta, e terminou com a emoção do jogo.

Nos livros, Liesel buscava o sentido de tudo que viveu: destruição, morte, miséria, infância recalcada e submissa, perdas e falta de alternativa para uma vida digna. Não fosse o encontro com Rudy Steiner, seu amigo que a ajudou nas estripulias, a sobrevivência na Alemanha nazista teria sido insustentável.

O livro desperta alegria, tristeza e revolta. Liesel narra e revela sentimentalismo, ternura, e cuidados com as pessoas atingidas pela dor e pela brutalidade da guerra. Mostra indignação com os extremos das barbaridades que atingem as consumações nazistas, e em alguns momentos enfrenta perigos para ajudar pessoas marcadas para morrer pelo regime de Hitler.

Além de Rudy, Liesel constrói uma amizade subterrânea com o judeu Max, fugitivo do regime, abrigado, por Hans, no porão de sua residência. A amizade entre os dois foi construída pelo diálogo e troca de valores que marcaram definitivamente a vida da garota.

O livro é um ensinamento de superação de barreiras com o uso da criatividade, formando um mundo paralelo e ao mesmo tempo inserido no conceito político limitado pelo sentimento de uma consciência ainda adolescente. 

Informações sobre o autor - Markus Zusak é australiano e mora em Sydney. É o mais novo de quatro filhos de um austríaco e uma alemã. Cresceu ouvindo histórias a respeito da Alemanha Nazista, sobre o bombardeio de Munique, e judeus marchando para campo de concentração.

Um comentário:

  1. Comecei a ler e parei, a morte conversando comigo não era muito legal. Li outro livro e retomei a leitura. Não consegui mais parar. Amei.

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